Casa de ídolos do basquete brasileiro como Wlamir MArques, Pecente, Waldemar Blastkauskas, Maria Helena e Heleninha, o XV de Piracicaba está de volta ao cenário do basquete brasileiro competitivo. Uma camisa pesada, com tradição, e que dará seus primeiros passos em 2021 com a participação nos Campeonatos Paulistas sub-16 e sub-18, além da criação de núcleos esportivos para a descoberta de talentos. Quem está à frente do projeto é Gustavo Freitas, o Montanha, ex-assistente técnico do Unifacisa e também com passagens como técnico do Rio Claro.

– Comecamos o projeto com muita responsabilidade e queremos fazer tudo muito certo e organizado. Vamos começar com o sub 16 e sub 18 nos campeonatos estaduais, além dos jogos regionais e abertos. Queremos qualificar os professores dos pólos de basquete, além de ampliar o número de atletas praticando a modalidade – disse Gustavo Freitas, o Montanha.

As primeiras notícias do basquete em Piracicaba surgiram em 1905, com jogos entre equipes locais. Em 1913, foi fundado o XV de Novembro de Piracicaba. Em 1955, a equipe trouxe Wlamir Marques e também tinha nomes como Pedro Vicente Fonseca (Pecente), Manoel Bortolotti, José de Paula Motta, João Ferraz de Arruda, João Luiz de Moraes, José Lázaro Rensi Coelho (Zé Côco), Luis Dutra, Ubaldo Oléa, José Carlos Ometto (Ze Obinha), Norberto Pelegrino, Antonio Travaglini e Arari Marconi.

Arquivo/XV

Já as mulheres foram campeãs paulistas em 1959/60. Em seis partidas, as meninas de Piracicaba, comandadas por Mané Bortolotti, perderam apenas uma e tornaram-se grandes campeãs. São elas: Ana, Maria José, Geni, Maria de Lourdes, Elisa, Delcy, Maria Helena, Elide, Heleninha e Angelina que foi a cestinha com 101 pontos convertidos no campeonato. Na década de 80, com o nome de Unimep, o time teve estrelas como Branca, Paula, Ruth, Nádia, Carminha, Janete, Karina e outras.

Agora, chegou a hora de retomar essa história vencedora, que entre as principais conquistas tem a Copa do Atlântico, em 1957, quando o XV de Piracicaba, uma verdadeira Seleção Brasileira, vestiu a camisa da Seleção Paulista e conquistou a taça na Argentina.

– Queremos voltar o XV para o cenário nacional, voltar com vários polos de basquete pela cidade e projetos sociais de escolinhas. Aliar a Formação de atletas e alto rendimento. XV foi um time muito tradicional, chegou a ser a base a seleção brasileira uma época e conquistou muitos títulos. Além da cidade ser apaixonada por basquete, lotar o ginásio e comprar a ideia do time de basquete. O XV não pode ficar de fora dos principais campeonatos do Brasil – recorda Montanha.

Arquivo/XV

Entre os objetivos do time, está participar em breve do Campeonato Brasileiro adulto masculino, organizado pela CBB, e também do Campeonato Paulista adulto, já em 2021.

– Precisamos de um projeto sólido e que não dependa do poder público. Claro que a união entre público e privado é essencial, estamos modelando o projeto como uma empresa. Estruturar a base e os projetos é o começo de tudo, queremos trazer a volta do time profissional em 2021 no Campeonato Paulista e jogar o Próximo nacional da CBB que seria o acesso ao NBB. Um passo de cada vez com muita responsabilidade – cita Gustavo Freitas.

Títulos do XV no Basquete

Masculino

Campeonato Paulista: 2 (1957 e 1960)
Copa do Atlântico: 1 (1957)
Campeonato Paulista do Interior: 6 (1955, 1957, 1958, 1959, 1960 e 1974)
Troféu Bandeirantes: 5 (1955, 1957, 1959, 1960 e 1961)
Torneio Novo Milênio: 1 (2011)
Campeonato Paulista A-2: 2 (2006 e 2012)
Campeonato Estadual da 1ª Divisão: 2 (1987 e 2015)
Campeonato Paulista da 1ª Divisão do Interior: 1 (1978)

Feminino

Campeonato Paulista: 5 (1959, 1961, 1962, 1964 e 1966)
Campeonato Paulista do Interior: 3 (1961, 1963 e 1965)
Troféu Bandeirantes: 4 (1960, 1961, 1962 e 1963)

Fonte: Assessoria CBB

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