A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) lança o seu novo Plano de Educação nesta sexta-feira, dia 15, quando é comemorado o Dia Nacional do Jogo Limpo. O Plano traz um conjunto de estratégias e atividades a serem desenvolvidas em 2021, sempre levando em conta o contexto da pandemia do novo coronavírus e a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio. As ações são guiadas por quatro pilares: Educação baseada em valores, Sensibilização e conscientização, Acesso à informação e Educação Antidoping. O Plano estabelece ainda as metas e o público-alvo a serem alcançados durante o ano.
Item de conformidade perante a Agência Mundial Antidopagem (WADA, na sigla em inglês), as ações em educação são prioritárias para a ABCD, como explica a secretária nacional da Autoridade Brasileira.
– O nosso objetivo com o Plano é estimular e reforçar o compromisso da comunidade esportiva com a ética e a prevenção -, comentou Luisa Parente, que destaca a importância das parcerias para alcançar as metas traçadas no documento.
– É fundamental esse estreitamento de relações com as entidades nacionais de administração e prática do desporto e também com outras secretarias e órgãos públicos para difundirmos ao máximo a informação antidoping no meio esportivo.
Os atletas do Grupo Alvo de Testes da ABCD, aqueles com potencial olímpico e paralímpico e a suas equipes de apoio, o que inclui os integrantes do Time Brasil e beneficiários do Bolsa Atleta, além daqueles que retornam às competições após sofrerem sanções, formam o grupo prioritário das atividades educativas.
– Para este público, as parcerias, especialmente com o Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro são fundamentais. Além desses parceiros, contamos com a cooperação de outras organizações antidoping, como a ADoP, de Portugal, que realizou testes e orientou os esportistas do Time Brasil que treinaram e competiram no país em 2020 -, recordou Fernanda Bini.
– Um importante lançamento em uma data simbólica como o Dia Nacional do Jogo Limpo. Da mesma forma que temos uma harmonização do sistema de teste, o que traz segurança ao atleta e aumenta a confiabilidade de todo o sistema antidoping brasileiro, o Plano de Educação da ABCD congrega as ações de educação e prevenção ao doping em nosso país -, observa Christian Trajano, gerente de Educação e Prevenção ao doping do COB.
Criada em 2018, a área de Educação e Prevenção ao Doping do Comitê Olímpico do Brasil (COB) tem como objetivo desenvolver um trabalho de conscientização e democratização da informação para a proteção dos atletas, expandindo o acesso à educação antidoping desde as fases mais iniciais do desenvolvimento do atleta olímpico. Em 2020, mesmo com a pandemia de COVID-19 e o cancelamento e adiamento de eventos presenciais, as ações de educação e prevenção ao doping do COB alcançaram 48.606 pessoas. A página da área traz vídeos informativos, Perguntas Frequentes (FAQ), Fale Conosco e recentemente o Canal de Ouvidoria da entidade passou a acolher as denúncias de possíveis violações à regra antidoping.
Sobre a Rede Antidoping
A Agência Mundial Antidoping (WADA) foi criada em 1999 para padronizar todas as ações de combate ao doping em todo o mundo. Os Países, através da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), se uniram com o movimento esportivo, através das Federações Internacionais (FI) e Comitê Olímpico Internacional (COI) e Comitê Paralímpico Internacional (CPI), e assinaram um compromisso de respeitar o Código Mundial Antidoping, da WADA. Com isso, cada Governo criou sua Organização Nacional Antidoping. No Brasil temos a ABCD, criada em 2011; e no mundo dos esportes as Federações Internacionais exercem o papel de fiscalização em suas modalidades. Os Comitês Olímpicos e Paralímpicos nacionais são signatários do código e têm o compromisso de Educar e Prevenir o doping nas modalidades olímpicas em nosso País, cooperando com a ABCD e com as Federações Internacionais para que nossos atletas se desenvolvam em um ambiente esportivo livre da ameaça do doping.
Fonte: ABCD